Estudante de jornalismo capacita mulheres a fotografar cotidiano através do celular
Aluna do oitavo termo do curso de jornalismo da Escola de Comunicação e Estratégias Digitais da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), Noemi do Pardo, utilizou a mediação tecnológica, uma das áreas de intervenção da Educomunicação, para capacitar mulheres, donas de casa a fazerem uso da fotografia para registrar seu o dia-a-dia. Com o total de três encontros, a oficina ocorreu de forma presencial, na cidade de Presidente Prudente (SP), na casa de uma das componentes do grupo e contou com quatro pessoas de idades entre 35 e 65 anos.
No primeiro encontro, foi feita a apresentação do projeto e da história da fotografia, além da parte prática, para as participantes fotografarem um cenário, antes mesmo de terem assimilado o conteúdo teórico. No segundo, houve somente prática, onde foram relembrados conceitos técnicos, ao qual teriam sido ensinados anteriormente. Para a execução da prática, Noemi se colocou à disposição como modelo e foi orientando as mulheres, acerca dos planos e enquadramentos. No terceiro e último encontro, foi realizada uma roda de conversa para a avaliação do projeto.
A futura jornalista se sentiu entusiasmada, pois nunca havia desenvolvido algum trabalho desse tipo e sua principal preocupação era a de não atender às expectativas. “Me transformou de várias formas, porque, com esse projeto, eu fiz amizades com mulheres de mais idade que eu, que viviam o mesmo cotidiano que eu, então me transformou demais, me transformou para melhor”, afirma.
Noemi conta que a mudança foi perceptível na evolução das mulheres em relação à tecnologia. “Eu notei a questão até mesmo da linguagem visual, porque algumas não sabiam mexer no celular e com o término do projeto, mesmo elas com dúvidas e tudo mais, acabaram evoluindo."
Resultados alcançados
A estudante acredita que os resultados tenham sido alcançados, “elas me mandam fotinhas até hoje de bom dia, foto das plantinhas delas, conversam comigo pelo whatsapp”, pontua.
A divulgação do projeto foi realizada na página do Facebook Oficina Educomunicativa de Fotografia criada especialmente para a postagem do material produzido.
Para Noemi, a oficina trouxe muitos aprendizados. Ela destaca que “ realmente, eu consigo fazer alguma diferença na vida delas, talvez na vida de mulheres, que não teriam muito o que fazer no momento, porque donas de casa, que cuidam de filho, cuidam de neto, o que elas estão acostumadas. Eu consegui trazer essa diferença para a vida delas! Então isso para mim, foi um aprendizado!", conclui.
Avaliação
Antes da realização da oficina, Maria Neuza de 64 anos, fazia o uso da tecnologia, porém, possuía dificuldade com a fotografia. "Eu tenho Face, Instagram e várias coisas, mas eu não tinha noção de como focar, nem 'selfar' então abriu a mente", comenta.
Através da oficina, Silvia Maria, 52, conseguiu melhorar as imagens que já fazia, "me ajudou bastante, com flash em como buscar a imagem, porque às vezes ficava desfocada, então me ajudou bastante”, pontua.
Já Elisabeth Alves, 35, gostou de aprender sobre as técnicas ensinadas por Noemi "Foi ótimo, aprender a focar, aprender sobre iluminação, sobre lugar, eu adorei”, destaca.
E Madalena Martins, 65, mudou seu olhar em relação a prática fotográfica ”Eu achava que era só mirar e bater a foto e com o curso eu vi que não é só isso, que tem um monte de coisas envolvidas foi muito bom”, afirma.
Noemi reunida com as mulheres participantes da oficina de fotografia (Crédito: Noemi do Prado)
Registro do primeiro encontro durante explicação teórica acerca da história da fotografia (Crédito: Lucas do Prado)
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Nome do projeto: “Oficina educomunicativa de fotografia com a câmera do aparelho celular para mulheres”
Ano: 2021
Autor: Noemi do Prado
Solicite a peça teórica do projeto: thaisa@unoeste.br
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